Segurança
SEGURANÇA EM JATEAMENTO
Introdução
Principalmente ao desenvolvimento dos equipamentos a materiais, foram a eles incorporados uma ampla gama de dispositivos que asseguram eficiente proteção aos operadores e ao meio ambiente.
Em gabinetes manuais ou automáticos, o jateamento e o operador se situam em ambientes separados e a proteção principal se resume a visores, luvas ou cortinas e escovas nos túneis de entrada e saída das peças.
Ela se completa com a presença de exaustores que provocam uma descom-pressão interna controla nas áreas das pistolas evitando a fuga de abrasivos e do pó em caso de falhas de vedação.
Uma série de dispositivos opcionais foram
desenvolvidos para aumentar a segurança dos operadores:
a) Sistemas de bloqueio do funcionamento das pistolas quando qualquer porta ou abertura estiver mal
fechada;
b) Sistemas pneumáticos que impedem a abertura das portas, só as liberando 30 segundos após o
desligamento das pistolas, dando tempo para a total decantação do pó, evitando sua fuga ou que venha a
ser a absorvido pelo operador;
c) Para equipamentos automáticos foram projetados diversos dispositivos eletro-mecânico que desligam
instantaneamente o sistema em caso de acidente ou quando o operador inadvertidamente, atingir áreas
perigosas;
d) Nos aparelhos, em que a movimentação de certas partes ofereça perigoso, são adaptados alarmes
luminosos ou sonoros que funcionam durante a fase de deslocamento;
e) Comandos bimanuais, iguais aos das prensas, também são muito empregados.
O processo de jateamento a seco gera, naturalmente, maior ou menor quantidade de pó, que tem que ser captado para não se dispersar nos ambientes, vindo a prejudicar homens e máquinas.
a) Todos os gabinetes de jato seco são fornecidos com coletores de pó. Os mais simples são balões ou
multifiltros de tecido montados após os exaustores (pressão positiva). Entretanto, a necessidade de
sacudi-los periodicamente para limpeza faz com que uma pequena quantidade de pó se desprenda
contaminando o ambiente. Um sistema mais eficiente é encerrar os filtros, geralmente formados por
várias mangas ou cartuchos, dentro de uma caixa metálica hermeticamente fechada, ligada ao gabinete e
com o exaustor montado após a caixa, lançando o ar filtrado na atmosfera. Com essa solução se consegue
uma desejável pressão negativa não só no gabinete como no coletor. Ainda mais se a saída do exaustor
for ligada ao exterior ou a sistemas centrais de ventilação, a proteção é total, inclusive contra
eventuais falhas de manutenção.
b) Os sistemas de coleta de pó e reciclagem do abrasivo devem ser ligados numa determinada ordem
evitando que este se acumule e extravase.
Como solução, os painéis elétricos de comando são projetados com bloqueios seqüenciais que impedem,
inclusive, o funcionamento dos bicos ou pistolas, se não completado.
c) Abafadores especiais foram projetados para montagem nos túneis de entrada e saída das peças ou nos
exaustores para reduzir o ruído a níveis aceitáveis.
d) Nos casos em que a presença do pó for crítica, podem ser fornecidos filtros mais sofisticados,
geralmente operando em presença da água.
Para trabalhos a céu aberto ou em cabines, onde geralmente são empregadas máquinas de jato sob pressão, os problemas de segurança são muito grandes.
a) A primeira preocupação deve ser a qualidade do ar respirado pelo operador, principalmente quando
estiver utilizando areia como abrasivo, porque ela provoca a “silicose”. Máscaras filtrantes são
totalmente inadequadas por serem evidentemente porosas, sempre deixando passar finas partículas de pó
que são, exatamente, as que atingem e se localizam nos alvéolos pulmonares.
O ar deve ser captado fora do ambiente de trabalho e injetado nos capacetes, após a filtragem. A
solução é utilizar o ar comprimido e passá-lo por um purificador, provido de regulador de pressão e
manômetro e com cinco estágios de filtragem.
b) Para a proteção do jatista foi desenvolvida toda uma linha de materiais como capacetes de fibra
com visores protegidos, blusões leves mas resistentes, luvas, aventais, perneiras etc.
c) Ligando um bico de jato sem que esteja firmemente seguro, ele chicoteia violentamente oferecendo
duplo perigo: pode bater no operador ou atingi-lo diretamente com o jato. Recomenda-se o uso de
controle remoto da máquina de jato por meio de gatilho operado pelo próprio jatista junto ao bico. Se
ele soltar a mangueira o sistema se desliga automaticamente.
Finalmente, no que diz respeito a cabines, foram desenvolvidos dispositivos de segurança adequados
para cumprir todas as funções previstas e adaptáveis aos gabinetes e já relatados, além de luminárias
especiais protegidas que asseguram boa iluminação, “olho mágico” para inspeção e completos sistemas de
ventilação horizontal para arrastar o pó em suspensão de toda a área da cabine.
Proteger seu patrimônio e a saúde de seus colaboradores é obrigação de todo responsável. Por essa
razão, a solução “jateamento” as vezes considerada como um mal necessário e implantada na área mais
afastada possível. Espera-se que, com este informe, contribuir, de alguma maneira, para confirmar a
imagem de um processo industrial eficiente e até insubstituível em muitas aplicações.